terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Presidente diz que falta ajuda para conduzir time

Esporte
Quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Gina Mardones/Comércio da Franca
TEMPO FECHOU - Os atacantes Bruno e Tuta e o meia Diego Bife, todos da Francana, correm durante treino físico no Estádio Lanchão, em Franca

Rodolfo César

da Redação

O presidente da Francana, José Servino Braga, deu sinais de que pode mudar drasticamente o projeto do clube para o Campeonato Paulista da Série A-3. Ele alegou que falta apoio da cidade, da imprensa e da Prefeitura e pode desmontar a atual equipe e disputar a competição com um time considerado por ele inferior e mais barato. A folha de pagamento do grupo atual é de cerca de R$ 70 mil por mês.

A declaração foi feita após a Prefeitura, por meio de sua assessoria de imprensa, informar que o time "invadiu" o Lanchão anteontem. O elenco não tinha local para treinar e realizou trabalho físico no estádio, que passa por reformas. Chegou a ser cogitado que o local não ficaria pronto para o primeiro jogo do Paulista da Série A-3 em Franca, no dia 4 de fevereiro, devido ao ato do time. O responsável pela reforma do gramado, o engenheiro agrônomo Jacinto Chiarelli Júnior, afirmou que não haverá atraso.

A diretoria da Veterana fará reuniões a partir de hoje até o final de semana para definir se haverá mesmo mudanças no projeto da equipe para o primeiro semestre de 2010.

"É preciso ter respeito, consideração com a Francana, que não invadiu nada. Eu não aprovo um treino realizado lá, mas só falta agora a Francana ser expulsa do Lanchão, após ser taxada de invasora. Aí tem de acabar. Vai acontecer o que eles (Prefeitura e Feac) querem. Chega em um ponto que satura as pessoas que estão trabalhando pelo clube", desabafou José Servino Braga, sem mencionar o nome da Prefeitura e da Feac.

Ontem a assessoria de imprensa da Prefeitura informou que a Feac (Fundação para o Esporte, Arte e Cultura), responsável por administrar o estádio, exigirá que a Francana retire todo seu material esportivo que fica guardado no vestiário do Estádio Lanchão. O presidente da fundação, Reginaldo Emídio, foi procurado via fone pela reportagem na sede da autarquia e em seus dois números de celulares para confirmar a punição, mas ele não foi encontrado.

José Braga afirmou que não recebeu comunicado para retirar o material esportivo do estádio. "Desconheço oficialmente de algo que tenha vindo de algum órgão da Prefeitura para retirar os objetos esportivos."

E continuou. "Para gente é desgastante. Se não tiver apoio, não tiver envolvimento da cidade como um todo, fica difícil. E antes da coisa começar, vamos por um fim."

'PICUINHAS'
Para o presidente da Francana, a medida tomada por Reginaldo Emídio em taxar o clube de "invasor" e cogitar que a equipe não tenha mais os equipamentos esportivos guardados no Lanchão é um "probleminha" criado para prejudicar a agremiação. "Se não querem que a Francana fique em ascensão, que ela chegue à Primeira Divisão em seu centenário. Que falem que não querem isso, é melhor do que ficar arrumando probleminha."

A briga entre o clube e a administração municipal teria deixado até o prefeito Sidnei Franco da Rocha (PSDB) irritado.

O clube esmeraldino possui um estádio (o Nhô Chico), mas não tem condições de realizar treinamentos no local em razão da falta de manutenção.

Fonte: Comércio da Franca

Nota do Blog: Não podemos eximir a diretoria pela responsabilidade em que se encontra o CLUBE Francana, que tem uma sede social espetacular, um estádio com Histórias, mas não consegue avançar. Um exemplo é o site oficial, que hora vai ao ar (com pouca qualidade, devemos ressaltar), hora desaparece (como agora). Entretando isso não diminui a responsabilidade do poder público e da prefeitura de Franca, que por posições arrogantes cancelaram as negociações para a aquisição da sede social da Francana e, agora, expulsa literalmente o time das dependências do Lanchão. Como se não bastasse, dificultam a utilização de placas de publicidade, que garantem boa parte dos poucos recursos do time. Enquanto isso, milhões de reais do contribuinte vão por água abaixo literalmente em obras mal-feitas e sem planejamento, nos córregos Francanos.

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