sábado, 7 de fevereiro de 2009

Desafio move preparador físico esmeraldino

Esporte
Comércio da Franca, Sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Dirceu Garcia/Comércio da Franca
André Dias, Silva Rossato, Luís Fernando Fradique (Gordinho), Marcelo Passiani e Edson Boaro (esq. para dir.): equipe técnica esmeraldina
André Dias, Silva Rossato, Luís Fernando Fradique (Gordinho), Marcelo Passiani e Edson Boaro (esq. para dir.): equipe técnica esmeraldina
Fernando Machado
Free-lance para o Comércio

O que levaria um profissional que trabalhava no Corínthians e tem passagens pelas seleções brasileira, venezuelana e iraniana, a trocar toda infraestrutura destas equipes por uma equipe da Série A-3 do Campeonato Paulista? A resposta é o desafio.

Marcelo Passiani, preparador físico da Veterana, tem um currículo extenso. Trabalhou nas categorias de base do Corínthians entre 1994 e 2001. Na seleção brasileira masculina foi responsável pelas equipes sub-18 e sub-19. Também foi o encarregado da preparação física da seleção brasileira de futebol feminino na disputa da Copa do Mundo de 2003.

Em 2005 Marcelo começou a se aventurar no futebol do exterior. Sua primeira equipe foi a seleção venezuelana sub-20. Depois trabalhou na seleção iraniana. No ano seguinte retornou ao Brasil e acabou no União Mogi, Bragantino, Saad Futebol Feminino e por último na equipe feminina do Corínthians.

No começo de 2009, Passiani recebeu o convite da Francana e aceitou na hora. ''Gostei muito do projeto da Francana e do desafio de voltar à Série A-3'', disse o preparador físico que já disputou a competição pelo União Mogi. ''É muito fácil ser preparador físico no Corínthians e na seleção'', completou.

Para vencer este novo desafio em sua carreira, Marcelo terá que criar alternativas para superar a falta de estrutura da Veterana. ''O bom de trabalhar em um time sem tanta estrutura é você poder estar criando. Inovando em cima da falta (de recursos)'', afirmou. Nesta linha de raciocínio o preparador já utilizou um paraquedas e um trenó na preparação física dos atletas.

Por tudo isso Passiani considera a Francana o grande desafio da sua carreira até agora. ''Hoje é o maior desafio porque eu quero subir esse time. Não me conformo de saber que a Francana está na A-3. A Francana tem que ser respeitada e ficar em uma divisão especial'', afirmou.

Marcelo Passiani também é fisiologista. Fez mestrado em Fisiologia do Exercício na Universidade Federal de São Paulo, orientado por Turíbio Leite de Barros, fisiologista do São Paulo Futebol, e é considerado uma referência mundial no assunto. ''Durante a carreira vamos aprendendo e estou aqui para aprender também. Amo minha profissão e trabalho com gosto. Seja na seleção ou na Francana'', finalizou Passiani.

Segundo Passiani a Francana estreou no Campeonato Paulista da Série A-3 com 60 % da condição física ideal. A partir de agora cada atleta vai evoluir até atingir o ápice nos momentos decisivos da competição. O preparador físico trabalha em conjunto com o técnico Edson Boaro, o auxiliar-técnico Silva Rossato e o treinador de goleiros André Dias.

Fonte: Comércio da Franca

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